No noroeste do Paraná, uma tendência vem transformando antigas áreas de pastagem e cultivo de soja: a instalação de usinas de energia solar. A mudança tem atraído produtores como Mauro Dias Lima, que decidiu diversificar seus negócios ao arrendar suas terras para a geração de energia limpa.
Segundo Mauro, a energia solar surgiu como uma alternativa promissora de renda.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Paraná já soma 3,6 gigawatts de potência solar instalada e figura entre os líderes nacionais no setor. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam o estado como terceiro maior produtor nacional, respondendo por 8,7% da energia solar gerada no país, atrás apenas de São Paulo (15,5%) e Minas Gerais (12,2%).
A diretora-executiva da Absolar, Liciany Ribeiro, destaca o grande potencial da região noroeste: “São investidores que constroem as usinas e vendem a energia para as cooperativas. Isso permite que a energia seja distribuída de maneira mais eficiente e com custos reduzidos”, explica. O local se destaca pelas condições climáticas favoráveis e fácil acesso à rede de distribuição.
Desde 2012, o setor ultrapassou R$ 15,2 bilhões em investimentos no Paraná e gerou mais de 99 mil empregos. Para os produtores rurais, a escolha pela energia solar se mostra cada vez mais atrativa.
