O mercado espacial global movimentou US$ 596 bilhões em 2024, sendo 52% desse valor relacionado ao segmento downstream, que usa dados espaciais para gerar produtos e serviços na Terra. O Paraná quer ingressar nesse setor com foco na agricultura, usando esses dados para melhorar a produtividade e reduzir custos no campo.
Para isso, o governo estadual investirá R$ 4,2 milhões no projeto Napi Space, por meio da Fundação Araucária e da Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial. A cooperativa Coamo Agroindustrial contribuirá com mais R$ 1 milhão. O objetivo é desenvolver serviços baseados em Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT), com aplicação prática para a sociedade.
As imagens de satélite permitem, por exemplo, o monitoramento da água, o planejamento do plantio e o controle de perdas no transporte agrícola. Órgãos como o Simepar também usarão esses dados para acompanhar a qualidade da água em rios e reservatórios.
Segundo Cristianne Cordeiro, do Napi Space, o Paraná não busca lançar satélites, mas sim aplicar os dados existentes de forma útil. Já Leila Fonseca, da Agência Espacial Brasileira, ressaltou que investir em pesquisa espacial é investir no futuro do país.
